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Lista 2/01 - Exercício 4

Por Rodolfo Ferreira de Oliveira @rodolfo_edp
    2021-12-10 12:23:07.911Z

    Este exercício traz uma caracterização de continuidade através de 2 conceitos mais fracos: Os de semicontinuidade inferior e superior:

    Definição: Seja (X,τ) um espaço topológico e f:XR uma função. Dizemos que:

    1. f é semicontínua superiormente se:
      f1((,y))={xX:f(x)<y}τ,yR
    2. f é semicontínua inferiormente se:
      f1((y,+))={xX:f(x)>y}τ,yR

    Exercício: Mostre que f é contínua se, e somente se, f é semicontínua inferiormente e superiormente simultaneamente.

    Extra: Você pode exibir um exemplo de uma função que não seja contínua mas que seja semicontínua inferiormente ou semicontínua superiormente?

    • 13 respostas
    1. A
      André Caldas @andrecaldas
        2021-12-10 12:23:59.414Z

        Você respondeu metade do exercício! :-P

        Excelente, valeu!

        1. A
          Em resposta arodolfo_edp:
          André Caldas @andrecaldas
            2021-12-10 12:24:33.450Z

            Gostei do extra. Tava lá na lista?

            1. Tava não professor! Mas como esse conceito de semicontinuidade é muito útil em analise funcional, por exemplo, achei interessante sugerir a colocação de um exemplo

            2. J
              Em resposta arodolfo_edp:
              João Vitor Barbosa e Oliveira @Joaovitor
                2021-12-10 14:35:14.528Z2021-12-10 17:02:44.643Z

                Seja f:XR contínua. Então para cada aberto AR tem-se que f1(A)τX. Ora, então dado yR e xX vemos que,
                {xX:f(x)<y}=f1(,y){xX:f(x)>y}=f1(y,+)
                são imagens inversas de subconjuntos abertos da reta portanto são abertos em X. Como esse fato vale para cada yR segue-se que f é semicontínua inferiormente e superiormente. Reciprocamente, suponha que f seja semicontínua inferiormente e superiormente e mostremos que f é contínua. De fato, sejam aX e VV(f(a)) dados arbitrariamente então existe ε>0 tal que, Bε(f(a)V. Daí, considere
                y1=f(a)+ε e y2=f(a)ε
                Pela hipótese existem abertos A1,A2τX tais que,
                A1=f1(y2,+)A2=f1(,y1)
                Logo,
                A1A2=f1(y2,+)f1(,y1)=f1[(y2,+)(,y1)]=f1[Bε(f(a))]τX
                Então f1(V)f1(Bε(f(a))=A1A2 e, portanto, f1(V)V(a). Como a foi tomado arbitrário segue-se que f é contínua.
                Para o exemplo, considere A=(2,3) e defina
                IA:RRx{1, se xA0, se xA
                Então,
                y1IA1(y,+)=0<y<1IA1(y,+)=Ay≤<0IA1(y,+)=R
                Portanto, em qualquer caso IA1(y,+) é um aberto em R donde IA é semicontínua inferiormente mas não é contínua pois, 2,3 são pontos de descontinuidade para IA (vide Lista 1/02 - Exercício 11).

                1. Observe que para concluir continuidade vc deve trabalhar com a imagem inversa, não com o conjunto imagem. Pois mesmo uma função que é aberta, isto é, tal que f(A) é aberto sempre que A é aberto pode não ser contínua.

                  1. Mas eu não estou mostrando que imagem de aberto é aberto mas sim que a imagem de A através da f está contida no intervalo (f(a)ε,f(a)+ε). Que no fundo é equivalente a dizer que Af1[(f(a)ε,f(a)+ε)]. Não é isso?

                    1. É porque isso não mostra que pré-imagem de aberto é aberto, entende? Vc tem que pegar um aberto arbitrário da reta e mostrar que a pré-imagem dele é aberto.

                      Da hipótese, vc tem que f1(a,+) e f1(,b) são abertos. Assim, a sua intercessão que é f1(a,b) é aberto, para todo a,b reais, b>a. Ou seja, pré-imagem de todo intervalo aberto é aberto. Como concluir então para um aberto qualquer?

                      1. Entendi sim vou refazer. Muito obrigado.

                      2. Em resposta aJoaovitor:
                        AAndré Caldas @andrecaldas
                          2021-12-10 16:48:32.201Z

                          Uai... eu não vi como estava antes, não. Mas acho que o que você está dizendo parece correto.

                          Se, para todo ε você mostrar que existe um aberto Aτ(a) tal que
                          f(A)(f(a)ε,f(a)+ε),
                          então tá mostrando que é contínua no ponto a.

                          --
                          PS: Eu sugiro usar bolas ao invés de intervalos com ±ε.

                        • Em resposta arodolfo_edp:
                          AAndré Caldas @andrecaldas
                            2021-12-10 17:48:29.485Z

                            Dá pra usar a imagem direta...
                            https://youtu.be/WEBhUT8Rmcc?list=PLMG2ETzS-iy-u0gN23Wj_P_9h_3IkKvQ6&t=1224

                            Mas eu não sei como tava escrito...

                            1. Foi essa a ideia que eu tive mas não estava tão bem escrita eu tinha invertido o y1 com o y2. Por isso deve ter parecido que a ideia estava errada

                              1. Em resposta aandrecaldas:

                                A ideia era tomar A=A1A2 e mostrar que f(A)Bε(f(a)) onde ε é tomado arbitrário.

                            2. Em resposta aJoaovitor:
                              AAndré Caldas @andrecaldas
                                2021-12-10 16:42:48.240Z

                                Seria interessante, se você argumentasse que a família de conjuntos da forma (a,) e (,b) geram a topologia (usual) de R.